Prece de Cáritas

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Mensagem Espírita de Ano Novo


















Hoje é o dia que dá início a um novo ano.

É o dia primeiro.

Todos queremos iniciar mais um ano com esperanças renovadas.

É um momento de alegria e confraternização.

As rogativas, em geral, são para que se tenha muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender.

Mas será que se tivermos tudo isso teremos a garantia de um ano novo cheio de felicidade?

Se Deus nos dá saúde, o que normalmente ocorre é que tratamos de acabar com ela em nome das festas.

Seja com os excessos na alimentação, bebidas alcoólicas, tabaco, ou outras drogas não menos prejudiciais à saúde.

Não nos damos conta de que a nossa saúde depende de nós. Dessa forma, se quisermos um bom ano, teremos que fazer a nossa parte.

Se pararmos para analisar o que significa a passagem do ano, perceberemos que nada se modifica externamente.

Tudo continua sendo como na véspera.

Os doentes continuam doentes, os que estão no cárcere permanecem encarcerados, os infelizes continuam os mesmos, os criminosos seguem arquitetando seus crimes, e assim por diante.

Nós, e somente nós podemos construir um ano melhor, já que um feliz ano novo não se deseja, se constrói.

Poderemos almejar por um ano bom se desde agora começarmos um investimento sólido, já que no ano que se encerra tivemos os resultados dos investimentos do ano imediatamente anterior e assim sucessivamente.

Poderemos construir um ano bom a partir da nossa reforma moral, repensando os nossos valores, corrigindo os nossos passos, dando uma nova direção à nossa estrada particular.

Se começarmos por modificar nossos comportamentos equivocados, certamente teremos um ano mais feliz.

Se pensarmos um pouco mais nas pessoas que convivem conosco, se abrirmos os olhos para ver quanta dor nos rodeia, se colocarmos nossas mãos no trabalho de construção de um mundo melhor, conquistaremos, um dia, a felicidade que tanto almejamos.

Só há um caminho para se chegar à felicidade.

E esse caminho foi mostrado por quem realmente tem autoridade, por já tê-lo trilhado. Esse alguém nós conhecemos como Jesus de Nazaré, o Cristo.

No ensinamento " amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo" está a chave da felicidade verdadeira.

Jesus nos coloca como ponto de referência.

Por isso recomenda que amemos o próximo como a nós mesmos nos amamos.

Quem se ama preserva a saúde.

Quem se ama não bombardeia o seu corpo com elementos nocivos, nem o espírito com a ira, a inveja, o ciúme etc.

Quem ama a Deus acima de todas as coisas, respeita sua criação e suas leis. Respeita seus semelhantes porque sabe que todos fomos criados por ele e que ele a todos nos ama.

Enfim, quem quer um ano novo repleto de felicidades, não tem outra saída senão construí-lo. Importa que saibamos que o novo período de tempo que se inicia, como tantos outros que já passaram, será repleto de oportunidades. Aproveitá-las bem ou mal, depende exclusivamente de cada um de nós.

O rio das oportunidades passa com suas águas sem que retornem nas mesmas circunstâncias ou situação.

Assim, o dia hoje logo passará e o chamaremos ontem, como o amanhã será em breve hoje, que se tornará ontem igualmente.

E, sem que nos demos conta, estaremos logo chamando este ano que se inicia de ano passado e assim sucessivamente.

Que todos possamos aproveitar muito bem o tesouro dos minutos na construção do amanhã feliz que desejamos, pois a eternidade é feita de segundos.

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Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no livro Repositório de sabedoria, verbetes: oportunidade e tempo

Contribuição do Irmão Marcenal

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Simeão e o Menino Jesus

Dizem que Simeão, o velho Simeão, homem justo e temente a Deus, mencionado no Evangelho de Lucas, após saudar Jesus criança, no templo de Jerusalém, conservou-o nos braços acolhedores de velho, a distância de José e Maria, e dirigiu-lhe a palavra, com discreta emoção:


- Celeste Menino – perguntou o patriarca -, porque preferiste a palha humilde da Manjedoura?


Já que vens representar os interesses do Eterno Senhor na Terra, como não vestiste a púrpura imperial?


Como não nasceste ao lado de Augusto, o divino, para defender o flagelado povo de Israel?


Longe dos senhores romanos, como advogarás a causa dos humildes e dos justos?


Porque não vieste ao pé daqueles que vestem a toga dos magistrados?


Então, podereis ombrear com os patrícios ilustres, movimentar-teias entre legionários e tribunos, gladiadores e pretorianos, atendendo-nos à libertação...


Porque não chegaste, como Moisés, valendo-se do prestígio da casa do faraó?


Quem te preparará, Embaixador Eterno, para o ministério santo?


Que será de ti, sem lugar no Sinédrio?


Samuel mobilizou a força contra os filisteus, preservando-nos a superioridade: Saul guerreou até a morte, por manter-nos a dominação; David estimava o fausto do poder: Salomão, prestigiado por casamento de significação política, viveu para administrar os bens enormes que lhe cabiam no mundo... Mas...tu?


Não te ligaste aos príncipes, nem aos juízes, nem aos sacerdotes... Não encontrarias outro lugar, além do estábulo singelo?...


Jesus menino escutou-o, mostrou-lhe sublime sorriso, mas o ancião, tomado de angústia, contemplou-o, mais detidamente, e continuou:


- Onde representarás os interesses do Supremo Senhor?


Sentar-te-ás entre os poderosos?


Escreverás novos livros da sabedoria?


Improvisará discursos que obscureçam os grandes oradores de Atenas e Roma?


Amontoarás dinheiro suficiente para redimir os que sofrem?


Erguerás novo templo de pedra, onde o rico e o pobre aprendam a ser filhos de Deus?


Ordenará a execução da lei, decretando medidas que obrigam a transformação imediata de Israel?


Depois de longo intervalo, indagou em lágrimas:


- Dize-me, ó Divina Criança, onde representarás os interesses de nosso Supremo Pai?


O menino tenro ergueu, então, a pequenina destra e bateu, muitas vezes, naquele peito envelhecido que se inclinava já para o sepulcro...
Nesse instante, aproximou-se Maria e o recolheu nos braços maternos.
Somente após a morte do corpo. Simeão veio, a saber, que o Menino Celeste não o deixara sem resposta.
O infante Sublime, no gesto silencioso, quisera dizer que não vinha representar os interesses do Céu nas organizações respeitáveis, mas efêmeras da Terra.
Vinha da Casa do Pai justamente para representá-lo no coração dos homens.

Espírito: IRMÃO X.
FONTE: LIVRO ANTOLOGIA MEDIÙNICA DO NATAL –
Psicografia: Francisco Cândido Xavier


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domingo, 19 de dezembro de 2010

Os Essênios



















Os Essênios

“Pelo fruto se conhece a árvore” Jesus (Mateus 12:33)

Após vinte séculos a humanidade foi presenteada com uma revelação. Caminhando pelo deserto da Judéia, próximo ao Mar Morto e à velha Jericó, um jovem beduíno “ao acaso” fez importante descoberta.

Nas regiões do Qumran, em grutas na montanhas próximas às ruínas de um mosteiro, zona árida e quente, foram encontrados jarros com manuscritos que continham documentos, revelações, cânticos, leis, usos e costumes, de um povo: Os Essênios.

As menções a respeito dessas criaturas, antes de 1947, eram limitadas e apócrifas, até porque nem mesmo Jesus as mencionou. Referiu-se aos fariseus, saduceus, levitas, samaritanos e tantos outros agrupamentos, usando-os nos ensinamentos, nas parábolas, mas nada falou sobre os essênios. A vida dessa gente, agora documentada, trouxe luz à história do tempo em que o Messias esteve entre nós. Hoje, nenhum grupo da época é tão conhecido como essa civilização do Qumran. Escritores, historiadores, arqueólogos, não tiveram alternativa a não ser ligar Jesus ao essenismo, a despeito de a igreja sonegar informações que tem em seu poder. O Cristo não falou deles para poupá-los da ira dos que combatiam todos os que fossem seus amigos.

Flávio Josefo, Filón de Alexandria, e outros historiadores da época, já relatavam essa ligação que sempre foi menosprezada pelo clero e que agora, com farta documentação, já não é mais posta em dúvida.

- Quem eram, afinal, os Essênios? Por que pretender ligá-los a Jesus? - Por questão de justiça, poderíamos responder. Como prêmio pelo exemplo que foram para os homens. - E como viviam eles? Poderíamos perguntar. - Conforme recomenda Jesus: com respeito e amor.

Os relatos sobre eles informam que não se encontra na comunidade fabricantes de armas. Cuidam os órfãos como seus filhos e dos velhos como seus pais. Amam o próximo sem a preocupação da parentela. Não têm posses e seus bens são postos em comum para deles cada um retirar o necessário. A ninguém falta a comida, a roupa, a moradia ou o remédio.

Instruem-se. Nos fins de semana, um lê e orienta os demais. Qualquer um pode explicar a lição, independente de cultura. Mas exigem que aquele que ensina igualmente viva aquilo que prega. Se assim não for, qualquer outro menos instruído poderá tomar-lhe o lugar. São criaturas mansas e calmas. O silêncio em suas casas causa grande impressão. Quando um fala, o outro se cala. Ninguém interrompe sem ser autorizado. Eles acreditam que as almas vivem no éter, de onde descem, unem-se a um corpo que lhes serve de prisão, para aprender. Uma vez libertados, voltam ao espaço para aguardar novas oportunidades de aprendizado e progresso.

Alimentam-se frugalmente. O chefe da mesa divide o pão e o distribui aos demais. Raramente comem carne. Consideram grande abundância terem-se poucos desejos, porque são fáceis de ser realizados. Não acumulam terras, nem ouro, nem bens de qualquer natureza. Entre eles não há escravos. Acreditam que a escravidão destrói a igualdade e afronta a natureza que, como boa mãe, faz dos homens irmãos. Cantam salmos e hinos, entre eles os da Bem-Aventurança.

Outros grupos, além dos monásticos, vivem espalhados por toda Palestina, Egito, Síria, etc. Vivem com uma simplicidade muito rara de se encontrar nas pessoas, em todas as épocas. Mantém as casas do caminho onde qualquer forasteiro pode retirar o alimento e a roupa necessários para continuar a jornada. Tudo é de graça. A opinião do povo a respeito deles é que são pessoas irrepreensíveis e excelentes.

Depois de observar a vida dos Essênios, concluímos que não há necessidade de tentar provar sua ligação com Jesus. Tendo eles vivido entre 150 a.C e 70 d.C, percebe-se que o Mestre, no mínimo, os teria conhecido. Como rabi e judeu Jesus tinha seus compromissos religiosos e é natural que tivesse participado de reuniões em mosteiros essênios, onde os hábitos coincidem com as suas pregações. Historiadores chegam a afirmar que essenismo e cristianismo são uma coisa só. Dizem que mais do que Belém e Jerusalém, o Qumran com seu mosteiro e seus manuscritos, é o berço da revelação cristã;

Poucos viveram aliança com Deus como expressão de amor, como esses homens. Por esta pequena biografia desses amigos, percebemos como a organização divina se preocupa com o avanço da humanidade. Os Essênios prepararam no deserto os caminhos do Senhor, assim como Hydesville despertou-nos para a realidade do mundo espiritual, preparando-nos para as revelações de Allan Kardec.

Com base no amor divino, fica sem sentido a nossa aflição diante dos quadros sociais provisórios e efêmeros. Recessão, inflação, violência, são repetições permanentes de um passado que se perde no tempo. A história registra crises constantes. A mais grave, porém, é sempre aquela em que se vive no momento, porque é a que dói agora. Tudo obedece ao controle de Deus. O poder soberano vai permitindo os acontecimentos para despertar da humanidade. São simples capítulos de uma novela que vai terminar bem, como é normal em toda história de amor. Até lá, em cada capítulo haverá coisas boas e coisas desagradáveis.

Os Essênios, afastando-se de Jerusalém para viver longe dos concorrentes da grande cidade, nos enviaram, já há vinte séculos, sábias lições. Se fugirmos também da ganância, na maioria das vezes por coisas desnecessárias, nós escreveremos capítulos menos tristes na novela das nossas vidas.

Onde estariam os Essênios? Eram tão poucos que mesmo reencarnados entre nós terão dificuldades para nos motivar. Prestemos atenção porque um deles pode estar ao nosso lado. E, enquanto vivemos a escravidão de nós mesmos, vamos torcer para que a igreja apresse a tradução dos manuscritos do Mar Morto prometidos para 1997 e até agora não completados. Estamos certos de que essas revelações irão colaborar para a mudança de nossas inclinações e para que despertemos de nosso sono milenar.

A proposta não é sermos espíritas ou católicos, protestantes ou messiânicos. Nossa meta é aprender a amar o semelhante para sermos CRISTÃOS, na verdadeira acepção da palavra.
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Fonte: Centro Espírita "Os Essênios"

domingo, 12 de dezembro de 2010

Personagens Bíblicos XI - Zebedeu










Pai de dois discípulos de Jesus, Tiago e João. Era pescador do mar da Galileia e estava presente quando Cristo os chamou para seguí-lo. Os dois imediatamente deixaram o pai e acompanharam Jesus.

Zebedeu possuía seu próprio barco e tinha outros funcionários, além dos filhos. Parece que ocasionalmente os dois irmãos voltavam a se dedicar à pesca e é bastante provável que essa família razoavelmente bem estabelecida tenha apoiado Jesus financeiramente durante seu ministério.

Aparentemente Zebedeu mantinha uma sociedade com Simão Pedro.

Quando comparamos Mateus 27.56 com Marcos 15.40, deduzimos que a esposa de Zebedeu chamava-se Salomé. A preocupação dela com Jesus indica que não foram somente os filhos que atenderam ao chamado de Cristo e decidiram seguí-lo e servi-lo.
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Nota: Em Hebraico ZEBEDEU significa "Presente do Senhor"

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O Ermitão - Há Muito O Que Fazer















Um ermitão, uma destas pessoas que se refugiam na solidão do deserto do bosque ou das montanhas para dedicar-se somente à oração e penitência, muitas vezes comentava que tinha muito o que fazer.

Perguntaram-lhe como era possível que em sua solidão tivesse tanto trabalho.

Tenho que domar dois falcões, treinar duas águias, manter quietos dois coelhos, vigiar uma serpente, carregar um asno e conter um leão.
 
As duas águias ferem e destroçam com suas garras. Tenho que treiná-las para que sejam úteis e ajudem sem ferir. São minhas mãos.
 
Os dois coelhos querem ir onde lhes agrada, fugindo dos demais e esquivando-se das dificuldades. Tenho que ensinar-lhes a ficarem quietos mesmo que seja penoso, problemático ou desagradável. São meus pés.

O mais difícil é vigiar a serpente, apesar dela estar presa numa jaula de 32 barras. Está sempre pronta para morder e envenenar os que a rodeiam, mal se abre a jaula. Se não a vigio de perto, causa danos. É minha língua.
 
asno é muito obstinado, não quer cumprir com suas obrigações. Alega estar cansado e se recusa a transportar a carga de cada dia. É meu corpo.
 
Finalmente, preciso domar o leão. Quer ser o rei, o mais importante; é vaidoso e orgulhoso. É meu coração.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Personagens Bíblicos X- Barrabás















"Prisioneiro notório" e assassino, solto pelo governador romano Pôncio Pilatos no lugar de Cristo.

Uma multidão foi rapidamente reunida pelos líderes religiosos, a fim de exigir uma sentença de morte para Jesus.

Pilatos nada achou de errado em Jesus e buscou uma justificativa para libertá-lo, ao dar uma alternativa para a multidão. Mas, ao seguir a orientação dos "sacerdotes e dos principais da sinagoga", a multidão exigiu que libertasse Barrabás, para tristeza de Pilatos.

Barrabás foi líder de uma rebelião, embora o propósito da mesma não fique clara nos evangelhos. Talvez fosse um "zelote" e o levante representasse uma tentativa de se alcançar a liberdade do jugo romano. Se esse fosse o caso, contudo, não seria provável oferecê-lo para ser solto, mesmo como um gesto de boa vontade por parte de Pilatos.

Uma grande ênfase é dada por todos os escritores dos evangelhos ao fato de que Barrabás foi solto e Jesus, crucificado. O significado foi bem apresentado por Pedro em seu sermão em Atos 3, onde chama Barrabás de "homicida". Pelo fato de o povo fazer tal escolha e ser dominado pelos líderes religiosos, vemos a rejeição final do Messias de Deus, "o Santo e o Justo".

Jesus não era a grande figura messiânica que esperavam. Sua atitude de paz e sofrimento não era algo que atraia as multidões.

Em última análise, contudo, a escolha dos judeus e seus líderes foi a mesma que homens e mulheres de todas as épocas e raças ainda fazem hoje, quando rejeitam a fé no Evangelho do "Cristo Crucificado"e preferem seguir a "sabedoria deste mundo",