Prece de Cáritas

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Espera

Se a noite te surpreendeu de coração ferido ou cérebro fustigado por amargos acontecimentos, não se renda à dor que te parece irremediável.

Enquanto a sombra se estende ao longo do caminho e a ventania sopra qual lamentoso grito de angústia, fite as estrelas que cintilam nas alturas e siga adiante ao encontro do novo dia.

Não podes? tremem teus pés sob o fardo da aflição? enrijeceram-se as tuas fibras da alma e não consegues nutrir um novo sonho?

Erga, então, uma prece à esperança, o gênio da luz que permite antever o porvir imenso.

Recolhendo-se à oração ela virá doce e infatigável enfermeira balsamizar-te as chagas interiores e sustentar tuas energias semimortas.

Atenda-lhe o apelo carinhoso e prossiga sem desfalecimento.

Não te embote o entorpecente elixir da inércia ou o fel corrosivo do sofrimento.

Aceite estas sugestões, alma querida, e reflita…

Verás diante do teu coração dores maiores que as tuas, os pavores dos grandes infelizes, as úlceras cancerosas de muitos, que até agora, tu não conseguirás ver.

Então inefável consolo baixará dos céus sobre tua dor, aquietando-te a ânsia.

Inexprimíveis sentimentos desabrocharão em teu espírito e então teus braços se abrirão para acolher as ignoradas mágoas dos seres mais humildes da Terra.

Nem todos sabem avaliar essa virtude celeste.

Muitos a transformam em vinagre de impaciência ou em tortura mortal, convertendo-lhe a benção em estilete de enfermidade.

Felizes, porém, daqueles que lhe guardam a sublime claridade no imo do espírito, porque verão a sabedoria do tempo, adquirindo com a vida a ciência do Amor e das realizações pessoais.
 
Espera!.. diz a noite, – o dia voltará!

Espera!.. clama a semente, – o fruto não tarda!

Espera!.. anuncia a justiça, – e tudo recomporei!

Bem-Aventurados aqueles que sabem aprender, servir e esperar!

Mensagem psicografada.
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Texto distribuído na Sala Meimei – Educandário Social Lar de Frei Luiz –RJ em 24-Nov-2001


domingo, 14 de agosto de 2011

Dia dos Pais




Pensando em Deus, pensa igualmente nos homens, nossos irmãos.
Detém-te de modo especial, na simpatia e no amparo possível, em favor daqueles que se fizeram pais ou tutores.
As mães são sempre revelações angélicas de ternura, junto aos sonhos de cada filho, mas é preciso não esquecer que os pais também amam.

Esse perdeu a juventude, carregando as responsabilidades do lar; aqueles se entregaram a pesados sacrifícios, apagando a si mesmo, para que os filhos se titulassem com brilho na cultura terrestre; outros se escravizaram a filhinhos doentes; muitos foram banidos do refúgio doméstico, às vezes, pelos próprios descendentes, exilados que se acham em recantos de imaginário repouso, por trazerem a cabeça branca por fora, e, em muitas ocasiões, alquebrada por dentro, sob a carga das lembranças difíceis que conserva, em relação aos infortúnios que atravessaram para que a família sobrevivesse e, ainda outros renunciaram à felicidade própria, a fim de se converterem nos guardiães da alegria e da segurança de filhos alheios.

Compadece-te de nossos irmãos, os homens, que não vacilaram em abraçar amargos compromissos, a benefício daqueles que lhes receberam os dons da vida.
Ainda mesmo aqueles que se transviaram ou que enlouqueceram, sob a delinqüência, na maioria dos casos, nos merecem respeitosos apreços pelas nobres intenções que os fizeram cair.
A vida comunitária, na Terra de hoje, institui datas para homenagens às profissões e pessoas.
Lembrando isso reconheçamos, por nós, que o Dia das Mães é o Dia do Amor, mas reconheçamos também que o Dia dos Pais é o Dia de Deus.
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Emmanuel
Página recebida pelo Médium Francisco Cândido Xavier.