Prece de Cáritas

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Pedro pedreiro (Chico Buarque)

Como fã de Chico, que considero um poeta, estou postando a letra de Pedro pedreiro que considero um poema.
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(Chico Buarque, 1965)

Pedro pedreiro penseiro esperando o trem
Manhã, parece, carece de esperar também
Para o bem de quem tem bem
De quem não tem vintém
Pedro pedreiro fica assim pensando
Assim pensando o tempo passa
E a gente vai ficanto pra trás
Esperando, esperando, esperando
Esperando o sol
Esperando o trem
Esperando o aumento
Desde o ano passado
Para o mês que vem
Pedro pedreiro penseiro esperando o trem
Manhã, parece, carece de esperar também
Para o bem de quem tem bem
De quem não tem vintém
Pedro pedreiro espera o carnaval
E a sorte grande do bilhete pela federal
Todo mêsEsperando, esperando, esperando
Esperando o sol
Esperando o trem
Esperando o aumento
Para o mês que vem
Esperando a festa
Esperando a sorte
E a mulher de Pedro
Está esperando um filho
Pra esperar também
Pedro pedreiro penseiro esperando o trem
Manhã, parece, carece de esperar também
Para o bem de quem tem bem
De quem não tem vintém
Pedro pedreiro esta esperando a morte
Ou esperando o dia de voltar pro norte
Pedro não sabe mas talvez no fundo
Espera alguma coisa coisa mais linda que o mundo
Maior do que o mar
Mas pra que sonhar
Se dá o desespero de esperar demais
Pedro pedreiro quer voltar atrás
Quer ser pedreiro pobre e nada mais
Sem ficar esperando, esperando, esperando
Esperando o sol
Esperando o trem
Esperando o aumento para o mês que vem
Esperando um filho pra esperar também,
Esperando a festa
Esperando a sorte
Esperando a morte
Esperando o norte
Esperando o dia de esperar ninguém
Esperando enfim nada mais além
Da esperança aflita, bendita, infinita
Do apito do trem
Pedro pedreiro pedreiro esperando
Pedro pedreiro pedreiro esperando
Pedro pedreiro pedreiro esperando o trem
Que já vem, que já vem, que já vem (etc.)

A Crise, segundo Einstein

Uma contribuição de meu estimado Mano Edson, que vai de encontro ao foco atual da mídia mundial.
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“Não pretendemos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo.
A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos.
A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura.
É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar “superado”.
Quem atribue à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais aos problemas do que as soluções.
A verdadeira crise, é a crise da incompetência.
O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis.
Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito.
É na crise que se aflora o melhor de cada um.
Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo.
Em vez disso, trabalhemos duro.
Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la”
(Albert Einstein)

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Duas histórias, Dois destinos

O texto abaixo é uma contribuição do colega Armando Ferreira, e ao lê-lo entrevi o que pode ser mais uma “Ponta da Verdade”
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1ª História.
Certa vez um garoto entrou na sala de emergência de um hospital depois de ter sido atropelado. O motorista que o socorreu, ao ser interpelado para efetuar o depósito necessário ao atendimento, informou que não possuía, naquele momento, dinheiro ou cheque que pudesse oferecer em garantia, mas certamente, se o hospital aceitasse, poderia efetuar o depósito na primeira oportunidade. O atendente, na impossibilidade de liberar o atendimento, mas, com a vantagem de ter um dos diretores do hospital, que também era médico, de plantão naquele momento, resolveu consultá-lo.Todavia, por não ter dinheiro nem garantias para o tratamento, não liberou o atendimento, fato que levou a criança atropelada a falecer. O diretor, novamente chamado para assinar o atestado de óbito do garoto, ao chegar para o exame cadavérico, descobre que o garoto atropelado era seu filho, que poderia ter sido salvo, se tivesse recebido atendimento.
2ª História.
Antônio, um pai de família, um certo dia, quando voltava do trabalho, dirigindo num trânsito bastante pesado, deparou-se com um senhor que dirigia apressadamente. Vinha cortando todo o mundo e, quando se aproximou do carro de Antônio, deu-lhe uma tremenda fechada, já que precisava atravessar para a outra pista. Naquela hora, a vontade de Antônio foi de xingá-lo e impedir sua passagem, mas logo pensou:- Coitado! Se ele está tão nervoso e apressado assim... Vai ver que está com um problema sério e precisando chegar logo ao seu destino, pensando assim, foi diminuindo a marcha e deixou-o passar. Chegando em casa, Antônio recebeu a notícia de que seu filho de três anos havia sofrido um grave acidente e fora levado ao hospital pela sua esposa. Imediatamente seguiu para lá e, quando chegou, sua esposa veio ao seu encontro e o tranqüilizou dizendo:- Graças a Deus está tudo bem, pois o médico chegou a tempo para socorrer nosso filho. Ele já está fora de perigo. Antônio, aliviado, pediu que sua esposa o levasse até o médico para agradecer-lhe. Qual não foi sua surpresa quando percebeu que o médico era aquele Senhor apressado para o qual ele havia dado passagem!
A Mensagem
- Esteja sempre alerta para ajudar o próximo, independentemente de sua aparência ou condição financeira;
- Procure ver as pessoas além das aparências;
- Imagine que por trás de uma atitude, existe uma história, um motivo que leva a pessoa a agir de determinada forma.
O Ensinamento
Fazer o Bem, sem Olhar a Quem
"Que Deus me dê a serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar, coragem para mudar as que posso e sabedoria para distinguir entre elas..." ·.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Personagens Bíblicos III- Zaqueu

Zaqueu foi um cobrador de impostos muito rico, vivia na região de Jericó. Sua história é narrada em Lucas 19.1-10. Era de baixa estatura; quando soube que Jesus passaria pela cidade, correu e subiu em um sicômoro, a fim de enxergar por cima da multidão.
Jesus o viu e, chamando-o pelo nome, disse:
“Desce depressa. Hoje me convém pousar em tua casa.”
Tal atitude enfureceu a multidão, que considerava o publicano um “pecador”, por causa de seu emprego e da maneira como tirava dinheiro de seu próprio povo. Muitos publicanos enriqueciam por meios fraudulentos, pois cobravam impostos com valores superiores aos estipulados pelos romanos.
Para Zaqueu, este encontro com Jesus trouxe nova vida, pois quando reconheceu Cristo como Senhor, demonstrou arrependimento e disse:
“Senhor, olha, eu dou aos pobres metade dos meus bens, e se nalguma coisa defraudei alguém, o restituo quadruplicado.”
Então Jesus lhe disse:
“Hoje veio a salvação a esta casa, pois o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.”
Zaqueu aceitou o Mestre em sua casa e com esta aceitação, houve a transformação que acontece mesmo com os considerados como os piores “pecadores”

Pensadores III- Èliphas Levi



Èliphas Levi, baseando-se na “formula de Voltaire” , escreveu vinte e dois axiomas que podem levar alguns de nós à reflexões sobre a TEORIA DA VONTADE.
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Axioma I
Nada resiste à vontade do homem, quando sabe a verdade e quer o bem.

Axioma II
Querer o mal é querer a morte. Uma vontade perversa é um começo do suicídio.

Axioma III
Querer o bem com violência é querer o mal; porque a violência produz a desordem e a desordem produz o mal.

Axioma IV
Pode-se e deve-se aceitar o mal como meio do bem; porém nunca se deve quere-lo ou faze-lo, aliás, se destruiria com uma das mãos o que se edifica com a outra. A boa fé nunca justifica os maus meios; ela os corrige quando a pessoa é vítima deles, e os condena, quando a pessoa os emprega.

Axioma V
Para ter o direito de possuir sempre, é preciso querer pacientemente e por muito tempo.

Axioma VI
Passar a vida a querer o que é impossível possuir sempre, é abdicar a vida e aceitar a eternidade da morte.

Axioma VII
Quanto mais a vontade vence obstáculos, mais ela é forte. É por isso que Cristo glorificou a pobreza e a dor.

Axioma VIII
Quando a vontade é voltada ao absurdo, ela é reprovada pela eterna razão.

Axioma IX
A vontade do homem justo é a vontade do próprio Deus e a lei da natureza.

Axioma X
É pela vontade que a inteligência vê. Se a vontade é sã a vida é justa. Deus disse: Faça-se a luz! E a luz existe; a vontade diz: Que o mundo seja como quero vê-lo! E a inteligência o vê como a vontade o quis. É o que significa a palavra assim seja, que confirma os atos da fé.

Axioma XI
Quando a pessoa produz fantasmas, dá existência a vampiros, e será necessário alimentar estes filhos de um pesadelo voluntário com seu sangue, sua vida, sua inteligência e sua razão, sem os saciar nunca.

Axioma XII
Afirmar e querer o que deve ser é criar; afirmar o que não deve ser é destruir.

Axioma XIII
A luz é um fogo elétrico posto pela natureza ao serviço da vontade: ela alumia os que sabem emprega-la e queima os que abusam.

Axioma XIV
O império do mundo é o império da luz.

Axioma XV
As grandes inteligências cujas vontades se equilibram mal se assemelham aos cometas, que são sóis abortados.

Axioma XVI
Nada fazer é tão funesto como fazer o mal, porém é mais covarde. O mais imperdoável dos pecados mortais é a inércia.

Axioma XVII
Sofrer é trabalhar. Uma grande dor sofrida é um progresso realizado. Os que sofrem muito vivem mais do que os que não sofrem.

Axioma XVIII
A morte voluntária por devotamento não é um suicídio, é a apoteose da vontade.

Axioma XIX
O medo é apenas uma preguiça da vontade, e é por isso que opinião abate os covardes.

Axioma XX
Chegai a não temer o leão e o leão vos temerá. Dizei à dor: Quero que sejas um prazer e ela se tornará um prazer, mais até que um prazer, uma felicidade.

Axioma XXI
Uma cadeia de ferro é mais fácil romper-se que uma cadeia de flores.

Axioma XXII
Antes de declarar um homem feliz ou infeliz, sabei que emprego fez de sua vontade; Tibério morria todos os dias em Capre, ao passo que Jesus provava sua imortalidade e até sua divindade no Calvário e na cruz.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Pensadores II- Abade Afonso Luiz Constant

O Abade Afonso Luiz Constant, que sob o pseudômino de Èliphas Levi foi um grande ocultista do século passado, nasceu em París, a 08 de fevereiro de 1810, e faleceu na mesma cidade, a 31 de maio de 1875.
Em homenagem a ele que considero um pensador, hoje 08 de fevereiro dia de seu aniversário, estou postanto um trecho de um de seus livros que fala sobre a: TEORIA DA VONTADE
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"A vida humana e suas inúmeras dificuldades tem por fim, na ordem da sabedoria eterna, a educação da vontade do homem.
A dignidade do homem consiste em fazer o que quer e em querer o bem, de conformidade com a ciência da verdade.

O bem conforme a verdade é o justo.
A justiça é a prática da razão.
A razão é o verbo da realidade.
A realidade é a ciência da verdade
A verdade é a idéia idêntica ao ente.

O homem chega à idéia absoluta do ente por dois caminhos: a experiência e a hipótese.
A hipótese é provável quando é necessitada pelos ensinos da experiência; é improvável ou absurda quando é rejeitada por este ensino.

A experiência é a ciência, e a hipótese é a fé.

A verdadeira ciência admite necessariamente a fé; a verdadeira fé conta necessariamente com a ciência.

Pascal blasfemava contra a ciência quando disse que, pela razão, o homem não pode chegar ao conhecimento de nenhuma verdade.
Por isso Pascal morreu louco.

Porém Voltaire não blasfemava menos contra a ciência quando declarava absurda toda hipótese de fé, e só admitia como regra da razão o testemunho dos sentidos.
Por isso, a última palavra de Voltaire foi esta formula contraditória:

DEUS E A LIBERDADE
Deus, isto é, um senhor supremo: o que exclui toda idéia de liberdade, como a entendia a escola de Voltaire.
E a liberdade, isto é, uma independência absoluta de todo senhor; o que exclui toda idéia de Deus.
A palavra DEUS exprime a personificação suprema da lei, e por conseguinte, do dever; e se, pela palavra LIBERDADE, se quiser entender conosco o DIREITO DE FAZER SEU DEVER, tomaremos, por nossa vez, como divisa e repetiremos sem contradição e sem erro:

DEUS E A LIBERDADE
Como não há liberdade para o homem senão na ordem que resulta da verdade e do bem, pode-se dizer que a conquista da liberdade é o grande trabalho da alma humana. O homem libertando-se das más paixões e de sua escravidão, por assim dizer, se cria a si mesmo uma segunda vez. A natureza o tinha feito vivo e sofredor, ele se faz feliz e imortal; torna-se assim o representante de Deus na terra e exerce relativamente sua onipotência."

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As formulas acima aguçam diversos axiomas que serão expostos em PENSADORES III .