Prece de Cáritas

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Pensadores II- Abade Afonso Luiz Constant

O Abade Afonso Luiz Constant, que sob o pseudômino de Èliphas Levi foi um grande ocultista do século passado, nasceu em París, a 08 de fevereiro de 1810, e faleceu na mesma cidade, a 31 de maio de 1875.
Em homenagem a ele que considero um pensador, hoje 08 de fevereiro dia de seu aniversário, estou postanto um trecho de um de seus livros que fala sobre a: TEORIA DA VONTADE
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"A vida humana e suas inúmeras dificuldades tem por fim, na ordem da sabedoria eterna, a educação da vontade do homem.
A dignidade do homem consiste em fazer o que quer e em querer o bem, de conformidade com a ciência da verdade.

O bem conforme a verdade é o justo.
A justiça é a prática da razão.
A razão é o verbo da realidade.
A realidade é a ciência da verdade
A verdade é a idéia idêntica ao ente.

O homem chega à idéia absoluta do ente por dois caminhos: a experiência e a hipótese.
A hipótese é provável quando é necessitada pelos ensinos da experiência; é improvável ou absurda quando é rejeitada por este ensino.

A experiência é a ciência, e a hipótese é a fé.

A verdadeira ciência admite necessariamente a fé; a verdadeira fé conta necessariamente com a ciência.

Pascal blasfemava contra a ciência quando disse que, pela razão, o homem não pode chegar ao conhecimento de nenhuma verdade.
Por isso Pascal morreu louco.

Porém Voltaire não blasfemava menos contra a ciência quando declarava absurda toda hipótese de fé, e só admitia como regra da razão o testemunho dos sentidos.
Por isso, a última palavra de Voltaire foi esta formula contraditória:

DEUS E A LIBERDADE
Deus, isto é, um senhor supremo: o que exclui toda idéia de liberdade, como a entendia a escola de Voltaire.
E a liberdade, isto é, uma independência absoluta de todo senhor; o que exclui toda idéia de Deus.
A palavra DEUS exprime a personificação suprema da lei, e por conseguinte, do dever; e se, pela palavra LIBERDADE, se quiser entender conosco o DIREITO DE FAZER SEU DEVER, tomaremos, por nossa vez, como divisa e repetiremos sem contradição e sem erro:

DEUS E A LIBERDADE
Como não há liberdade para o homem senão na ordem que resulta da verdade e do bem, pode-se dizer que a conquista da liberdade é o grande trabalho da alma humana. O homem libertando-se das más paixões e de sua escravidão, por assim dizer, se cria a si mesmo uma segunda vez. A natureza o tinha feito vivo e sofredor, ele se faz feliz e imortal; torna-se assim o representante de Deus na terra e exerce relativamente sua onipotência."

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As formulas acima aguçam diversos axiomas que serão expostos em PENSADORES III .

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